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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Homenagem ao Poeta Max Carmo

Inconstância do sonhador

Sou um sonhador, eterno sonhador
Necessito das plumas dos pássaros,
Da liberdade do vento
Do espaço do campo todo para correr
E acreditar na vida acima de tudo.
Não sou ninguém, não pertenço a ninguém,
nem quero fazer coisa alguma que não seja amar.
Estar na agilidade do beija flor, parado e tão veloz.
Carrego comigo a incógnita do antagonismo por ser mutante e inconstante,
sem visgo nem manha.
Nocivo e inofensivo como o beijo da aranha.
Há boca dos benditos lábios que me beijam e me faz esquecer
e acreditar que sou seu sorriso
uma eterna criança que me afronta
e me entrego à sua sabedoria oculta na inocência bruta
Suas curvas, sombra e dúvidas me provocam a pensar se sei amar?
Não me leve a sério quando grito
e ouça-me quando silêncio faço.
O desejo é um laço, o amor um abraço.
Tudo que quiseres eu faço, até voar
Sou livre, e só assim posso amar.

Max do Carmo

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